sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Universitários da USP realizam estudo ambiental em Itanhaém neste domingo (17)


A praia do Cibratel, uma das mais movimentadas de Itanhaém durante a alta temporada, será visitada neste final de semana por cerca de 100 alunos do curso de graduação de Ciências Biológicas do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP). Os universitários analisarão, entre as 8h30 e 13 horas deste domingo (17), a diversidade de organismos presente na encosta do Morro do Paranambuco e as várias populações de algas e animais que vivem no mesmo ambiente.

Desde o início da década de 90 a USP usa, uma vez por ano, a praia do Cibratel como fonte de pesquisas cientificas com graduandos de Biologia. O motivo é o fato de ser o local mais próximo da Capital que possui um ambiente de costão rochoso e que permite, por exemplo, a análise dos diversos organismos presentes sem a necessidade de mergulho.

“Poderemos conferir as zonas de ocupação dos organismos e a interação entre as várias populações, pois escolhemos um período em que a maré estará baixa. Esse estudo dará um subsidio fundamental para a formação dos nossos alunos”, explica a bióloga e professora do Departamento de Biologia da USP, Estela Maria Plastino, que coordenará a visita com a participação de mais cinco professores.

Segundo Estela, durante a análise será coletada uma pequena amostra dos organismos que servirá de base para os próximos estudos realizados em laboratório. “Os alunos irão preservar o fragmento recolhido e apresentar até o final do curso diversos relatórios sobre a evolução do material pesquisado”.

PÓLO AMBIENTAL - Outras instituições de ensino superior também utilizam a costa marítima da Cidade, assim como os rios e manguezais para promover pesquisas ambientais. Um exemplo é a Universidade Estadual Paulista (Unesp) que realizou recentemente o Projeto Cação, um estudo sobre tubarões e raias localizados em algumas áreas do Município.

Atualmente, a universidade estuda o comportamento de peixes encontrados no pocinho do Anchieta, na praia do Cibratel, e no estuário do Rio Itanhaém. O levantamento é feito há aproximadamente um ano e de acordo com um dos coordenadores do estudo, o professor Rodrigo Egydio Barreto, a cidade foi escolhida pela qualidade das águas. “Escolhemos Itanhaém por ter um ambiente mais limpo e uma excelente balneabilidade”.

O estado original das praias e da fauna e flora são uma das razões da Cidade ser um grande pólo ambiental. Essa é a opinião do secretário de Turismo, Silvio Lousada, que cita como principais atrativos a bacia hidrográfica de Itanhaém - a segunda maior do Estado com mais de 2 mil quilômetros quadrados de extensão - e os 300 quilômetros quadrados preservados de Mata Atlântica.

Segundo Lousada é comum a Prefeitura firmar convênios com entidades educacionais que possuem cursos ligados à vida marinha. “Diversas instituições nos procuram para realizar pesquisas científicas e sempre estamos abertos a parcerias, pois elas identificam as riquezas naturais preservadas e ajudam a monitorar nosso patrimônio”.


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